quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Dia 31/01 Israel verá uma “super lua de sangue”, mas o que isso significa?



As “luas de sangue” foram assunto entre 2014-2015, quando uma série de teólogos apontavam para o fenômeno astronômico como um “sinal do fim”. Pastores como Mark Biltz lembraram que em diversos momentos importantes da história de Israel, essa lua vermelha surgiu nos céus sobre o país.
A previsão de uma Superlua de sangue para o dia 31 de janeiro voltou a chamar atenção para isso, em especial devido ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte dos EUA, resultando em ameaças de vários países islâmicos.
Embora tenha recebido críticas por que nenhum grande evento mundial ocorreu após as luas de sangue três anos atrás, Biltz lembra que nunca afirmou que as consequências eram imediatas, mas que os sinais nos céus são amplamente mencionados na Bíblia.

Para ele, o evento deste mês tem a ver com o anúncio de um período de guerra para Israel e grande turbulência na Terra. Ao invés de apenas olhar para o céu, pede o pastor, as pessoas deviam olhar mais para suas Bíblias.
“Muita gente negligencia a importância real deste evento”, disse Biltz à WND. “A superlua de sangue do dia 31 de janeiro ocorre justamente no décimo quinto dia do mês de Shevat. Esse é o dia do Tu B’Shevat, ou o Ano Novo das Árvores, que marcava a primeira colheita do ano”. O estudioso lembra ainda que os próximos eclipses da lua deverão ocorrer em 27 de julho, que é Tu B’Av, e em 21 de janeiro de 2019, coincidindo novamente com o Tu B’Shevat”.

Embora Biltz reafirme que não está prevendo que algo grande acontecerá em 31 de janeiro, as datas específicas em que elas ocorrem deveriam ser interpretadas como uma mensagem importante vinda de Deus. O fenômeno será visível não somente sobre Israel, mas também em grande parte do mundo.
“Estas são datas bíblicas significativas, pois teremos duas luas de sangue em 2018 e 2019, no Tu B’Shevat”, disse ele. “Isto é fascinante profeticamente pois no Livro de Zacarias [1:7-8] a revelação sobre o cavalo vermelho que tira a paz da Terra ocorreu no mês Shevat”.
O estudioso diz também que o versículo 12 mostra o diálogo do anjo do Senhor com o profeta e a resposta é que Deus esteve irado contra Jerusalém e as cidades de Judá por 70 anos. Logo, haveria um padrão bíblico apontando para “A visão dos cavalos, que também são mencionados em Apocalipse, no final de um período de 70 anos. Ora, Israel [moderno] está comemorando o seu 70º aniversário em breve”.
“O que estou sugerindo é que, embora nada aconteça no mesmo dia da aparição das luas de sangue, ocorrerá uma guerra entre essas duas datas, que ocorrem em Tu B’Shevat, com um ano de diferença. Mais do que nunca é importante que os cristãos compreendam o calendário de Deus, o calendário bíblico, e aprendam a interpretar os sinais dos tempos. O que está acontecendo no céu e quando isso está acontecendo mostram uma correlação entre a “superlua de sangue” e eventos históricos no Oriente Médio, pois alinham-se com datas específicas mencionadas nas Escrituras”.

Entenda o fenômeno

Um eclipse lunar ocorre quando Sol, a Terra e a Lua estão em perfeito alinhamento, e nosso planeta fica no centro. Ou seja, a Lua é ocultada pela Terra e os raios solares não chegam até o satélite. Essa “sombra” do planeta é projetada na Lua, gerando uma cor avermelhada. Ela ocorre devido à proximidade da Lua com a atmosfera terrestre, quando os raios solares de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural.
Além disso, a superlua é o fenômeno em que a Lua atinge seu ponto máximo de aproximação da Terra, parecendo até 30% maior. A lua no dia 31 terá ainda outra característica, o que se chama de “lua azul”. Esse não é um evento astronômico, pois a Lua não fica de fato azul. O nome tem a ver com a raridade no aparecimento.
No calendário lunar, usado pelos judeus, o ciclo lunar dura 29,5 dias. Já no calendário gregoriano Ocidental, tem de 30 a 31 dias. Por causa dessa diferença, podemos ter duas luas cheias no mesmo mês. Pela tradição, a segunda Lua cheia de um mesmo mês é chamada de Lua Azul. Em 31 de janeiro será a primeira vez em 150 anos que o planeta testemunhará uma Superlua, Azul e de Sangue, tudo ao mesmo tempo.

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