quarta-feira, 10 de abril de 2013

Gafes, votação eletrônica com problemas e desrespeito à Justiça marcam primeiro dia da AGO da CGADB



A primeira sessão da AGO em Brasília, nesta terça-feira, foi gasta apenas com um assunto, além do devocional ministrado pelo pastor Roberto José: o recurso que apresentado ao plenário pelo pastor Oséias de Moura, que pleiteava concorrer à terceira tesouraria da CGADB. Ocorre que a AGE que aprovou o cargo, em Maceió, AL, está suspensa por liminar, tornando provisoriamente sem efeito todas as decisões ali aprovadas.  Em razão disso, o entendimento da Comissão Eleitoral foi pelo indeferimento. A decisão foi a voto, pelo sistema eletrônico, e o não ganhou com boa diferença. A terceira tesouraria foi para o espaço.


A primeira votação pelo sistema eletrônico não demorou muito tempo, mas apresentou problemas. Vários pastores não conseguiram registrar o seu voto "não", enquanto os terminais do "sim" funcionaram sem nenhum problema. Houve muitas reclamações, os técnicos foram chamados para prestar assistência, mas, pelo menos nesta primeira votação, ficou sob suspeita a fragilidade do sistema. Veremos nas votações de amanhã. Ainda assim, o "não" venceu por boa margem. Será que já reflete alguma tendência para a eleição?


A primeira sessão foi suspensa para o almoço e retomada à 14:35hs, com o devocional ministrado pelo pastor Ubiratã Batista Job, da AD de Porto Alegre, RS. O tempo restante foi tomado com a discussão do relatório financeiro da CGADB. Alguns oradores especializados na área de contabilidade encontraram falhas no balancete e o debate esquentou até porque as explicações dadas pelo contador da CGADB foram pouco convincentes. Como o debate se prolongou até depois das 17:00hs, a votação ficou para esta quarta-feira pela manhã e o balancete corre o risco de ser rejeitado. Outro relatório que tomará tempo, na segunda sessão, é o da CPAD. Há muitas dúvidas no ar e os especialistas na área estão afiados para checar todos os pontos.


Um momento constrangedor para o presidente da CGADB foi quando teve de desdizer, na presença do deputado federal Marco Feliciano, reportagem do jornal O Globo em que, segundo o repórter, teria dito que o presidente da CDHM era uma pessoa inteligente, mas despreparada para o cargo, que deveria ser ocupado por alguém neutro e que certamente não haveria nenhuma moção de solidariedade em seu favor. Disse que suas palavras foram distorcidas, que não teria dito nada daquilo, e acabou por confirmar o que muita gente tinha dúvida: disse que Marco Feliciano é membro da CONFRADESP, Convenção que preside e, por fim, apresentou ao plenário proposta de moção de apoio ao deputado sugerida pelo pastor Jeziel Padilha, que foi aprovada por unanimidade. Não sei se a emenda ficou pior do que o soneto ou se o soneto ficou pior do que a emenda.


Nesse momento o presidente da CGADB, talvez por causa do seu nervosismo, cometeu uma gafe desastrosa. Afirmou ter tomado conhecimento que no Amazonas teria havido o casamento de duas lésbicas, na justiça civil, e fechou o seu raciocínio da forma mais deseducada possível: disse que do Amazonas não podia vir coisa boa mesmo. Isso foi mais do que uma alfinetada. Foi um direto no queixo, que mereceu as vaias de todos os  amazonenses. Cabeça quente dá nisso.


À noite, o presidente da CGADB convocou os presidentes das convenções estaduais para eleger o novo Conselho Administrativo da CPAD, à revelia da liminar que transferiu o procedimento para depois da eleição da Mesa Diretora da CGADB. Sob o protesto de 11 convenções, que protocolaram documentos junto à presidência para registrar as suas posições, o novo Conselho foi escolhido e mantido o seu atual presidente: José Wellington Júnior. Resta saber como ficará, caso a Mesa Diretora da CGADB eleita na quinta-feira seja a da chapa concorrente. Mas ficou feio e depõe contra a credibilidade do presidente atropelar a Justiça.

Fonte:http://geremiasdocouto.blogspot.com.br/

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