Na declaração pública mais recente, o presidente Hassan Rohani afirmou que o acordo nuclear com os Estados Unidos no ano passado foi “a forma mais barata para atingir as metas do Irã”.
No sábado, após a quebra do jejum do Ramadã, Rohani incentivou os iranianos a aproveitar a nova atmosfera e lutar pelos “interesses nacionais mais do que antes”.
Na ocasião, o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, pediu que os estudantes muçulmanos de todo o mundo estabelecessem uma “frente unificada antissionista e anti-EUA”.
Para ele, eles deveriam “usar avançados meios de comunicação e o ciberespaço, para fazer oposição às políticas dos EUA e o regime sionista de Israel”. Na prática, ele voltou a convocar voluntários para atos de ciberterrorismo.
O 1º de julho foi marcado pelos protestos em solidariedade aos palestinos no “Dia de Al Quds” – nome dado a Jerusalém pelos islâmicos. A data foi proclamada em 1979 pelo aiatolá Khomeini, como um dever religioso para todos os muçulmanos na última sexta do Ramadã.
Como é feriado no Irã, as ruas de Teerã estavam cheias de muçulmanos devotos “comemorando” a data. Em 2015, ecoaram gritos de “morte a Israel”.
Seguindo a tradição, foram queimadas bandeiras israelenses e americanas, e entoadas palavras de ordem contra a Grã-Bretanha e Arábia Saudita. Este ano, um alto funcionário da Guarda Revolucionária Islâmica explicou que eles identificaram “vulnerabilidades” no sistema antifoguetes de Israel, o Domo de Ferro.
Já o vice comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, fez uma ameaça mais clara: “Graças a Alá, nossa capacidade de destruir o regime sionista é maior do que nunca. Só no Líbano, há 100.000 mísseis prontos para serem disparados”. Listou ainda que existem dezenas de milhares de mísseis de longo alcance que poderiam ser lançados de territórios islâmicos contra o “território ocupado” de Israel.
As bravatas vindas de Teerã são comuns. No passado, afirmaram que poderiam destruir o Estado Judeu em menos de 10 minutos. Essa é a segunda ameaça vinda de Teerã nos últimos meses.
O mais preocupante dessas declarações é que elas surgem quase como uma “resposta” às declarações de líderes militares de Israel que afirmaram estar preparados para a maior guerra de sua história.
Em junho, o general Herzi Halevi, que comanda a Inteligência Militar do IDF, sentenciou: “Não queremos uma guerra, mas estamos mais prontos do que nunca… Nossos inimigos não têm ideia de quão poderoso nós somos”. Com informações de Jerusalém Post
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