segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Pena de morte se justifica? O que você acha?



Nada justifica.

Pra mim, pessoalmente, a pena de morte é algo absurdo. Porque o Estado com ela passa a mensagem inversa. De que matar um ser humano pode ser um recurso válido é pode até ser justo. A pena de morte estimula o poder de matar e transgredir limites morais.

“Ora, se o governo faz, por achar justo, porque eu não poderia fazer, nas horas que eu considerar justo?” – É a lógica inconsciente.
Basta ver as manifestações de ódio e apoio a pena de morte que acontecem nas redes sociais da Indonésia e mundo. Claramente se vê que não são pró-saúde. São carregadas do mesmo desprezo, capricho e maldade que faz qualquer assassino matar, qualquer estuprador praticar o delito, qualquer traficante ser indiferente ao prejuízo do consumidor.

A mensagem pregada devia ser anti-morte. E não inseminando mais morte no sistema operacional do subconsciente da humanidade!
O Amor é – ao contrário do que os burros possam raciocinar – o melhora antídoto para o pensamento coletivo mundial. Ele vai purgando o mal, e não validando indiretamente e subconscientemente.

No caso do condenado brasileiro, o absurdo é a desproporção. Ele não praticou crime hediondo. Não sequestrou, não estuprou, não matou, nem mesmo afetou a honra de ninguém. Tem que ser punido? Obvio! Mas não com fuzilamento. A discrepância é colossal! Some-se a isso as negações de extradição para cumprir pena no se país de origem e o fato de que ele foi fuzilado após 12 anos preso. Em 12 anos o cara é outra pessoa. Já não é aquele que cometeu o delito. Uma coisa é ser executado um dia após cometer um estupro e homicídio do filho de alguém.

Outra coisa é ser fuzilado 12 anos após ter carregado uma substância cujo comércio alguém considera ilegal, mesmo que não seja um delito impositivo mas um delito de disponibilidade. Você não impõe cocaina goela a dentro de ninguém. Você disponibiliza. Se não for você a disponibilizar, será um dos outros 6 bilhões de seres humanos vivos. Pois nenhum governo jamais conseguirá matar o direito e é desejo primário humano, que é ir e vir e portar na bagagem o que deseje carregar. Com pena de morte ou não.

É como ter a ilusão de que pode – se impedir o se humano de mentir ou destruir algum tipo de coisa, mesmo que seja para se alimentar. A gente destrói plantas e animais. É o tipo de coisa que faz parte da nossa condição básica e nossa imperfeição.

É o tipo de coisa essencial e impossível de se acabar e anular, mesmo matando 100 pessoas por dia pra servirem de exemplo.
O que se deve fazer é educar, regular, medicar. .. e não combater de forma burra e diabesca. Pois assim o mundo vira um inferno. Vira tudo morro carioca em guerra.

Pelo amor de Deus!
Por Marcello Cunha
Fonte: Gospel +

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