Os Estados Unidos têm uma longa tradição de presidentes que se declararam evangélicos. O quesito “fé” é muito importante em alguns dos estados onde os pré-candidatos disputam as primárias. Quem obtiver mais votos dos delgados estaduais consagra-se como candidato oficial. A votação para presidente ocorre dia 8 de novembro.
A eleição em terras americanas é sempre polarizada entre os dois partidos majoritários: Republicano e Democrata. Embora na essência sejam muito parecidos, geralmente os republicanos usam mais a questão dos valores cristãos em suas plataformas.
Este ano parece haver uma disputa interna bastante acirrada entre os pré-candidatos republicanos para tentar mostrar quem é “mais cristão”. Entre os principais, há vários perfis distintos e cada um deles está recebendo apoio de um grupo de pastores diferente.
Donald Trump, 69, é mais conhecido por ser um bilionário excêntrico e comandar o programa “Aprendiz” na TV. Ele já afirmou publicamente que será “o maior representante da fé cristã” caso chegue à presidência.
Contudo, recentemente esteve na Liberty University, a maior universidade cristã dos EUA e se atrapalhou na hora de citar a Bíblia. Quando foi questionado pela imprensa, afirmou que foi criado em uma família evangélica, mas não quis falar sobre qual igreja frequenta.
Segundo pesquisas, Trump é o preferido para vencer a indicação republicana. No final do ano passado,ele recebeu oração, embora não apoio formal, de vários conhecidos pastores pentecostais como Paula White, o casal Kenneth e Gloria Copeland, Jentezen Franklin, David Jeremiah, Jan Crouch, Steve Munsey, George Bloomer, Darrell Scott e Clarence McClendon.
Em segundo lugar nas pesquisas, o senador pelo Texas, Ted Cruz, 45, é o que fala mais abertamente sobre sua fé em Jesus e defesa dos valores bíblicos. Justamente por isso é chamado pela mídia de “fundamentalista religioso” e “ultraconservador”. Após ganhar as primárias em Iowa, declarou que “se os cristãos e as pessoas de fé saírem e votarem segundo seus valores… iremos ganhar e transformar o país a partir deles”.
Ele é filho do pastor Rafael Cruz, o qual afirma que seu filho foi “ungido” para o cargo. Tem recebido um grande respaldo de lideranças evangélicas importantes, como Franklin Graham e Mike Bickle, da IHOP. Na verdade, ele tem uma “rede” de pastores trabalhando em prol de sua candidatura em vários estados.
Nos seus discursos mais recentes, atacou as “convicções cristãs” dos outros pré-candidatos de seu partido, pedindo que eles fossem mais corajosos em declará-las.
Menos bem colocado nas primárias está o senador pela Florida Marco Rubio, que aparecia bem cotado entre os conservadores religiosos. Ele é católico, mas admite que frequenta “as vezes” a igreja evangélica Christ Fellowship.
Criticado por falar sobre fé, declarou recentemente: “Devemos desejar que o próximo presidente seja uma pessoa influenciada por sua fé. Pois se a fé faz com que você se importe com o necessitado, espera-se que nossos líderes a tenham. Quando for presidente, eu lhe garanto, minha fé não só influenciará o modo como governarei como presidente, mas influenciará o modo como viverei minha vida”.
Decepção nas duas primeiras primárias, o neurocirurgião Ben Carson, 64, que é adventista, era considerado um dos favoritos para derrotar Trump. Ele é reconhecido internacionalmente na área médica, mas faz sua estreia na política este ano.
Conhecido pela sua inteligência, recebeu apoio de alguns pastores, mas a imprensa o tem ridicularizado por algumas declarações “de fé”, como a realidade de Gênesis.
Em entrevista recente, afirmou que está concorrendo a presidência depois de receber “um chamado de Deus”.
Mike Huckabee, ex-pastor batista, voltou a concorrer este ano. Ele já tinha tentado 4 anos atrás, mas em 2016 desistiu da corrida presidencial bem cedo por falta de apoio político e financeiro.
Pelo lado dos democratas, está Hillary Clinton, 68. Ex-primeira dama, ex-senadora e ex-secretária de Estado, suas posições são polêmicas. Casada com o ex-presidente Bill Clinton, ela era vista com o marido e a filha constantemente em cultos numa igreja metodista.
Esta semana sua filha Chelsea afirmou sentir-se ‘ofendida’ quando alguém questiona a fé cristã de sua mãe. Contudo, ela é uma ativa defensora de questões como aborto e direito dos homossexuais, o que lhe rende apoio apenas de alguns pastores “progressistas”.
Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br
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